A arte pode libertar



A Moça com Brinco de Pérola

 Visitar a 29ª Bienal de Arte é programa obrigatório para quem passar por São Paulo até 12 de dezembro. Ontem, fui caminhar, e decidi passar por lá. Fiquei pouco mais de 40 minutos porque tinha um compromisso e, confesso, não deu para ver tudo que queria, e terei que voltar. Mas notei algo em mim. Como entendi há pouco mais de um ano que a minha aceitação da angústia dá-se pela apreciação da arte, percebi que não consigo compreender muito a arte "muito moderna". Nada contra a livre expressão, mas olho, olho e não me desperta absolutamente nada.
Gosto de olhar para uma obra e "tentar" sentir o que o artista estava sentindo no momento da criação.
Isso acontece quando olho pra um Dalí. Hoje imagino o que Dalí sentiu ao conceber a série de obras que trata do tempo, do relógio.
E Frida!!! Desculpem-me o meu humilde conhecimento eclético limitado, mas ainda não consegui encontrar um artista que conseguisse expressar sua própria dor com tanta clareza.
E para quem conhece Goya sabe exatamente a partir de qual obra ele começou a enlouquecer.
Ao passear pelos corredores da Exposição me lembrei de um filme maravilhoso: "A Moça com Brinco de Pérola", que é o título de uma das obras do artista holandês Johannes Vermeer. Na realidade, é a história de como a obra foi concebida. Em alguns momentos do filme, a impressão que temos é que estamos dentro de uma obra... E se vocês ainda não conhecem a obra desse artista, eu convido vocês a realizarem uma pesquisa na Internet. Quando eu olho para uma obra dele é como se eu participasse da obra. Como se eu pudesse tocar a obra, entrar na obra. Acho tão perfeita que chego a conversar com os personagens. A combinação primorosa das cores e a iluminação dão um tom de realidade absoluta.

Após apreciar o quadro, me digam: não parece que ela nos conta um segredo?

E abaixo, o trailer do filme
http://www.youtube.com/watch?v=VNlcsamBP8M

Essas são minhas dicas para domingo!

Bom domingo a todos!